sábado, 29 de março de 2014
Conto: Tarde de Domingo
No meu som de mesa começou a tocar Janta do Marcelo Camelo com a Mallu, fechei meu livrinho de quadras do Fernando Pessoa e fechei os olhos para apreciar cada sensação que aquela música me passava, mas algo me fez abrir os olhos e eu só consegui enxergar aqueles cachos negros se enfiando no meu cangote, a pele quentinha roçando na minha me fez arrepiar, hmmm, que delícia era aquele cheirinho dele, de sabonete Johnson misturado com o desodorante masculino, ele nem precisava de perfume, ele era um perfume ambulante, meu perfume ambulante, seu cheiro já havia impregnado em todas as minhas roupas, soltei um risinho de cócegas quando ele começou a distribuir beijinhos no meu pescoço, adoro isso, adoro ele, então ele me fez deitar em cima dele, ali mesmo no seu tapete felpudo que o fiz comprar pra decorar aquele cubículo que ele morava, tenho que confessar: Deitar em seu peitoral era o meu lugar favorito no mundo! O tecido macio do algodão da sua camisa contra a sua pele quente, hmmm tão bom, fiquei deitadinha até ouvir Valsa e Vapor do Phill Veras começar, ahhhh, ele começou a rir e eu também:
- Amor, isso é um sinal! - Ele disse já querendo mais, subindo sua mão macia por baixo da minha blusa.
- Não é não, fica quieto! - Eu falei rindo
- Ahh, poxa... - Ele lamentou dramaticamente, porém ainda assim sua mão subia nas minhas costas, eu me encolhi de desejo no seu toque, ele sabe me acender de um jeito tão incrível, até brincando ele fazia isso comigo, que homem! Me levantei sobre ele, engatinhei até chegar bem perto de seu rosto e beijá-lo, hmmm, eu amo essas tardes de domingo!
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