quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

California Waiting



(você pode ler este post ouvindo California Waiting do Kings Of leon )

"Little Mona Lisa layng by my side
'crimson and clover' pullin' overtime.."
Quando começo a escutar essa música eu me desespero, é um som que me deixa feliz e ao mesmo tempo com medo.
Não é só mais uma música que me lembra você, é aquela música que eu amo e você fez questão de botar como seu toque no meu celular, só pode ser alguma mensagem sua, ou uma ligação, no mesmo instante em que começa a tocar sou assaltada por um frio na barriga, e uma batalha se instala na minha mente, visualizar ou não visualizar, responder ou não responder, atender ou não atender.
Eu não consegui me afastar, não consegui me desfazer de você.
Parece até cruel falando assim, mas não é, ter você é algo extremamente errado, mas te amar é uma doença.

E toda vez que Kings of Leon começa a cantar California Waiting no meu celular eu me sinto doente, mas ao mesmo tempo uma ansia alegre cresce em mim, afinal, você dispensou algum tempo pra me mandar alguma mensagem besta, mas eu sei que essa alegria não vai durar muito. Eu vou me empolgar, vou responder e responder e tentar conversar e tentar te entender cada vez mais, mas do nada você vai sumir, uns três dias no máximo, esse é o tempo 'regra' pra falar novamente com alguém que se está cozinhando, certo?

É difícil me segurar, eu sempre falho, eu sempre respondo doida pra saber o que você está sentindo, ou pensando, sempre atendo louca pra ouvir sua voz novamente, falando besteiras como se combinássemos, como se fossemos feitos um para o outro, minha melhor amiga já me acha doente e te odeia, mas eu não culpo ela, nem discordo, sou doente mesmo, daquele tipo masoquista.
As poucas horas que você dispensa a falar comigo são como um combustível que vai explodir quando eu ver você novamente. Explodir não, implodir.

E o pior/melhor momento é quando eu te vejo. Sou recebida por aquele beijo suave, sou rodeada pelo teu cheiro de desodorante masculino (você sabe bem que me excita), e então aquele olhar profundo, e quando me percebo, já estou ali, na tua cama novamente, jogada, dada, já havia entregue os pontos no momento em que disse que poderia te ver.
E após duas rodadas do melhor sexo da minha vida, já deixada de lado, trocada por um cigarro na varanda, eu vejo tuas costas, tua nudez me fez rir, mas a realidade fria do teu olhar me fez chorar por dentro.

Devo dizer que apenas contigo - me senti suja de fazer algo, suja e envergonhada de me permitir usufruir de um falsa felicidade, algo que eu sei que não é real, fiquei arrependida, uma vagabunda com meus sentimentos, infiel comigo e meus ideais de relacionamentos seguros.
Eu começo a juntar minhas roupas e me encaminho pro banheiro, da sua boca não sai nem um protesto, nem um 'Fica mais um pouco', só sai a fumaça densa do seu Malboro, e cada batida lenta do meu coração é sentida como uma porrada, um soco no peito como um lembrete, gritando pra não sucumbir mais, implorando paz e conforto de alguém que sinta o mesmo.

O que sinto quando estou contigo realmente pertence ao conceito de "picos de felicidade", não existe felicidade duradoura, apenas seus picos, por que com você eu vou do céu ao inferno em poucos minutos.



quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Simplesmente



Eu não pretendia que você virasse mais um texto, mas parece que nos últimos anos, apenas isso tem me restado, as palavras, tomando conta, me bebendo noites e noite seguidas, me fazendo sentir, e querer, e idealizar, mas você se tornou algo real, algo muito real, uma experiência que eu teria vivido e revivido (se eu pudesse mandar e desmandar no tempo), seria um dia que não chegaria nem perto do fim, mas no fim, não foi aquela coisa de estrelas comandando a situação, foi um momento normal de um homem e uma mulher. Mas acontece, que apesar de tudo, você simplesmente não era pra ser.