É, eu sei, eu sumi, estava meio envolvida em alguns projetos e acabei deixando de lado o blog, mas bem, o importante é que voltei, não é?
Recentemente eu vim descobrindo muitas músicas novas, em especial da minha diva (Lana Del Rey (não sou "Lanática", eu gosto da porra do trabalho fudido dela)) e descobri também um rapaz fantástico: Tom Odell, eu nunca tinha ouvido falar desse bicho, aí eu ouví uma música dele quando estava zanzando no Youtube e achei incrível.
Bom o texto de hoje foi pensado enquanto eu ouvia a música
Another Love do Tom (olha a intimidade.), eu achei essa música incrível, a letra dela nos trás um pensamento, uma realidade e um tapa na cara.
Another love se trata de uma pessoa que se encontra conscientemente amando uma pessoa, porém, ainda se prende a outra pessoa por motivos simplesmente inexplicáveis.
Sabe aqueles relacionamentos que nós insistimos em entrar sem sentir absolutamente porra nenhuma?
Entrar apenas para não ficar sozinho, e conforme vamos mergulhando nesse tipo de relação a carga que se estabelece nos nossos ombros são aquelas repletas de responsabilidades que não temos nenhum senso de obrigação e isso é absolutamente detestável, por que além de prejudicar quem quer que estejamos usando de apoio, nos prejudica também, com brigas por besteiras e brigas por coisas importantes e perda de tempo, e o desgaste emocional se transforma em uma montanha de merda nas suas costas, é necessário saber o que está sendo aceito, o que está em jogo. E meu jovem, não é só o seu cérebro cansado e carente que está de saco cheio disso tudo, tem o coração de uma outra pessoa palpitando de tristeza e mágoa no meio da sua brincadeira.
Mas este Post não é para falar sobre os sentimentos da pessoa usada (isso fica para outro dia), este Post é para falar dessas decisões de martirizar e afogar o verdadeiro e irracional amor pelo outro ser humano.
Eu fiz um questionamento no título, e venho tentar responder, ou quem sabe plantar a semente da dúvida e fazê-los achar suas próprias respostas.
Muito bem.
Amor? O que é isso?
Esse sentimento vem em várias formas. Para alguns é visto como paraíso, para outros pesadelos e para outros -acredite- é a redenção divina. Não querendo menosprezar o amor "calminho" e "passivo" de muitos por aí (Esses eu acredito que não é amoooor do tipo que estou falando aqui, perdoem-me, mas acho que esses casos se encaixam naquela frase "amar o fato de amar alguém", que se você percebe, não é amar alguém, é amar o sentimento. Complicado? Eu sei, demorei muito pra entender), mas a verdadeira forma do amor é primitiva. Como assim primitiva, criatura?
O amor único para uma alma que busca a redenção, a paz e as eternas aventuras da felicidade simplesmente varre tudo em seu caminho, atropela e esmaga quem quer que seja e o que quer que seja, se tal coisa se torna um obstáculo, um desafio para tal sentimento.
Tem gente que nem fala mais "Eu te amo" para o companheiro, por que tal frase já deixou de ter toda a intensidade digna do verdadeiro sentimento. Isso é absolutamente compreensível, afinal, existem realmente palavras dignas de expressar todo o nosso sentimento por alguém? Sendo que sabemos que tudo o que sentimos é simplesmente algo além mesmo dessa carne, desse corpo, já é algo completamente espiritual, ouso dizer, que existe amores que são incapazes de caber em qualquer expressão universal, talvez não caibam nem no universo, quem sabe mais três dimensões possam servir?
Não, não é possível expressar o quanto um amor irrefreável pode ser intenso, então me diz, quem que tem pulso, artérias grossas o suficiente para aguentar tal pressão -cerebral, emocional, espiritual, universal- de ver a pessoa amada e ainda assim se permitir continuar presa a alguém que não compartilha nenhum tipo de ligação, nenhum tipo de sentimento, nada, absolutamente o mais completo vazio entre você e aquela pessoa.
Eu não aguentaria, isso eu posso dizer com toda certeza - bem, meu amor já veio e já foi, então eu sei como é-, nunca vai ser fácil viver um relacionamento sem o menor fundamento de sentimentos.
Qual é o básico mesmo?
Bem, se você não soube responder essa pergunta, eu acho que você vai começar a repensar o seu relacionamento.
Por favor, repensar, nem sempre significa acabar, terminar, repensar também (veja bem, também!) é dar um novo sentido, uma nova oportunidade, um novo horizonte pra você e para quem quer que esteja lhe acompanhando no seu dia-a-dia.
Bem, no finalzinho desse post sobre a intensidade do verdadeiro amor (na minha opinião), eu vou dar o meu conselho (mesmo sendo muitas vezes uma romântica consciente de merda em uma busca interminável de amar intensamente e ter meu pedacinho de céu).
Jovens, sempre que vocês terem a epifania a cerca da situação do puro amor, único e
irrefreável não deixem passar, vivam, se joguem, mergulhem e se afoguem, o receio da queda sempre vai estar lá, o receio de se ferir sempre vai existir, mas mesmo depois de um tempo (caso não tenha levado o tempo esperado) a dor passa e as lembranças poderão se tornar o seu pedaço do paraíso, seu fôlego debaixo d'água.
Eu sinceramente espero e desejo que todos possam viver ao menos uma vez este sentimento, por que ele é o que faz uma pessoa sobreviver a cada dia. É bom ser independente, mas partilhar a sua vida com alguém, é maravilhoso. As melhores memórias irão ficar tatuadas nas suas pálpebras: Um sorriso, um cheiro, um beijo, um olhar.
Estes serão eternizados no momento da epifania, e ouso lhe dar o Spoiler de que essa epifania chegará quando você se pegar olhando para o outro com um sorriso besta na cara e ter a certeza de que iria até os infernos dos universos paralelos conhecidos e desconhecidos atrás daquela pessoa.
Gente, aqui está o link para a tal música do Tom que eu falei.
Tom Odell - Another Love
